terça-feira, 16 de junho de 2009

Bagunça.

Que falta nesta cidade?................Verdade
Que mais por sua desonra?...........Honra
Falta mais que se lhe ponha..........Vergonha.


O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
numa cidade, onde falta
Verdade, Honra, Vergonha. (...)
Gregório de Matos


Polícia é necessário. Políticos, muito infelizmente, são necessários às vezes. Mídia é necessária. Movimento Estudantil é mais necessário do que se imagina.O problema nesse mundo é que nada funciona como deveria. A polícia é meliante. Os políticos nem merecem ser comentados. A mídia é tendenciosa. E o movimento estudantil é burro. Nada que nenhuma pessoa não saiba, mas talvez não saibam aplicar as vergonhas em seus cotidianos.Muitas pessoas me reprimem por expor ideais utópicos, mas pra quê abandonar a crença que as coisas possam dar certo? A nossa sociedade está anestesiada de tanta pacholagem, mas o epicentro dessa desgraça está em cada um. O Prof. Edson Alberto C. Ferreira palestrou que é necessário acreditar e lutar, desde que se esteja acima de suas próprias utopias. Esse é meu artigo, inútil para aqueles que veem o problema sempre um passo a frente.


Maio - Junho de 2007 - Ocupação na reitoria da USP.
Estudantes da Universidade de São Paulo ocupam a reitoria reinvidicando uma maior democratização no ensino público. De um lado expuseram uma nova força de expressão estudantil. De outro, depredaram aquilo que vem do dinheiro público. Por ainda outro lado, a mídia faz seu papel. Bagunça.

ver:

Bagunça.
Bagunça..
Bagunça...


16 de Outubro de 2008 - Guerra entre polícias.
Polícia Civil, em manifestação, entra em conflito com a Polícia Militar. Vergonha.

Vergonha, vergonha, vergonha.


9 de Junho de 2009 - Invasão da Polícia Militar na USP.
Greve na USP. Funcionários traziam em pauta a readmissão do sindicalista Brandão e o reajuste salarial, que não vem desde 1994. A reitoria alega que o piquete fere o direito de ir e vir em patrimônio público e aciona a Polícia Militar, que a partir do dia 3 ocupou o campus. Estudantes tomam partido e manifestam também contra o exímio programa da Univesp de licenciatura a distância, que com certeza vai contribuir poças para a educação no país, e pedem a saída da PM. Violência.

Violência

Certo ou errados, o hipopótamo e o escorpião.

domingo, 7 de junho de 2009

Quem é o culpado?



O povo do Zimbábue teve o que mereceu, dizem alguns mais céticos, ao elegerem (muitas vezes) o tirano Robert Mugabe como seu presidente, e permitindo o contínuo aumento da inflação e a perpetuação da crise econômica do país, crise de uma enormidade impressionante para qualquer um com um pouco de senso de realidade. Mas até que ponto esse povo- e esse presidente- devem ser julgados?

Eleito em 1980 primeiro ministro, foi uma figura essencial para a independência, em abril desse mesmo ano, de um país frágil, atrasado e necessitado de líderes como este, que anteriormente fora preso e exilado por lutas a favor de seus ideais. Mas que em 2005 já afirmava que deixará a presidencia apenas quando completar cem anos de idade, e não há quem o negue, da mesma forma que não há quem prove que as eleições são sempre legítimas.

Após se tornar presidente, com a extinção de seu antigo cargo, tratou de centralizar seu poder, impondo o presidencialismo, promoveu bons ajustes no sistema educacional, elevou a qualidade de vida, tudo bem, até a sua ideia de reforma agrária aparecer, com o confisco, em 2000, de terras de proprietários brancos, acompanhado de uma matança comparada por alguns ao holocausto da Alemanha nazista, para dar aos negros, o que foi determinante para o início da atual crise pela qual passa o Zimbábue, onde a inflação chegou a 231 000 000% ao ano, onde famílias levam quilos de notaz zimbabueanas para um almoço de domingo, onde em 2004 68% da população vivia abaixo do nível da pobreza.

Mugabe atrbui a crise às sanções impostas pelos governos ocidentais, mas a verdade é que não há como saber se seu impeachment ou qualquer outra maneira de retirá-lo do poder seria o suficiente para acabar com a situação. Apesar de ser inegável que ele mereça uma lição, qual é a força de um povo pobre, doente e necessitado em um momento como esse?