terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Papillon avant l'orage

Moi non plus, je ne suis personne, j'aimerais être une porte pour pouvoir rester toujours silencieux, ou j'aimerais être une sculpture en sable car je pourrais disparaître dans un coup d'une vague. Je voudrais rester là-bas dans une place, n'importe où, mais que je pourrais y rester sans complications. J'espère qu'un jour je vais pouvoir me nourrir de la musique et des chansons des oiseaux. J'attends un jour où je pourrais me coucher sous l'ombre d'une belle fleur. Ou d'un érable qui boit le rafraîchissement de l'eau de la neige qui fond. Ou l'ombre d'un coup de soleil qui traverse la fenêtre, inaperçu, incroyable. Pourtant, j'aimerais voler les temps de tout le monde et leur dire tout. Leur raconter les rêves que je n'en ai jamais eu aucun, mais leur dire tous les details des choses les plus simples et crier sur les vies des personnes qui n'existent pas. J'aimerais devenir ami d'un certain montant des gens spectaculaires et pis les oublier pour pouvoir les connaître encore et profiter de ses magnificences particulières une autre fois. Ce sont des expériences fantastiques: connaître une personne, tomber amoureux, conquérir quelqu'un, être sympathique, gagner la confiance de quelqu'un, faire une amitié, commencer une relation, peut-être apprendre une langue, faire une blague et pas réussir. Ou quand un lieu te manque, ou quand une personne te manque et tu te rappelles de nombreuses choses qui peuvent te faire pleurer ou rire comme un fou. Mais c'est pas bon, et c'est vraiment méchant pour part du destin de te faire rien sentir. La pire part est quand tu ne sens pas. Je déteste ça et me déteste quand ça arrive. Pouvoir rien sentir et rien faire. Vouloir cacher de toi-même les choses qui n'arrivent pas. Je pourrais être une feuille, une bande, le blanc ou le noir, mais s'il vous plaît, attaquez-moi le feu.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Música poetizada

Só queria andar no quarteirão
E ser mais um na multidão
Mas vocês só andam revoltados
Já estão perdendo a expressão

Ontem até quis mudar o mundo
Hoje vi que meu quarto tá imundo
Até as canções são sempre as mesmas
E notei que os refrões mais profundos...

São instrumentais

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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ausência.

Fui uma pessoa que não se importava.
Minto, me importava com os outros. Eu não era apenas secundária, mal estava por trás das câmeras, eu vinha por último.
Alegrias alheias me alegravam, ajudar qualquer pessoa me fazia sentir bem, então pra que perder meu tempo cuidando de coisas minhas? Eu era uma só!
Acabei deixando de ser uma só.
Amei tanto, tanto, que esqueci de amar a mim mesma.
Por me importar tanto com os outros, tão pouco comigo, fui me tornando uma colcha de retalhos, onde cada pedaço era um alguém importante, e eu fui sumindo, sumindo...
Não que eu fosse infeliz daquele jeito. Pelo contrário, não podia querer mais nada.
Deixei de pensar em mim, mas com isso também me ausentei do mundo, dos meus retalhos, meus amores. Fui me mandando embora, eu era tão desinteressante!
Até que as coisas deixaram de ser tão coloridas, e os pedaços foram se afastando de mim, afastando cada vez mais...
Não estava sozinha. Não, não me deixaram sozinha, muito pelo contrário! Seria até ingratidão... Mas eu me sentia assim, já que ninguém pode estar sempre ao meu lado a não ser eu mesma. E eu não estava comigo.
Estava longe.
Eu era a linha que prendia todos os retalhos, e afrouxei mais que nunca, despedaçei. Não tinha mais com o que me aquecer, o que abraçar, quando sonhava que o tempo voltava e o mundo era meu novamente.
Nunca imaginei que fosse precisar tanto de mim como das outras pessoas. No fim das contas, estar ao meu lado talvez pudesse me fazer bem pra variar. Só espero não me estranhar, me dar bem comigo mesma, serei simpática.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Desabafo de novo ano.

Eu aprendi que nao existe melhor lugar no mundo que a minha terra, minha patria, a casa que me acolheu com tanto calor. Que nao existe melhor comida que a por kilo. Que nao existe melhor calçada pra se andar que a do meu bairro e nem melhor cadeira que a da minha escola. Nao existe melhor festa que a brasileira e nada do mundo que pague uma familia e os verdadeiros amigos. Aprendi que é impossivel esquecer o latido do meu cachorro, o gol do meu time. Que o melhor e mais inesquecivel timbre é o do meu instrumento musical. Aprendi que é impossivel esquecer o sorriso dos amigos, nao importa o que aconteça, sempre é a primeira lembrança que se tem, e o melhor remédio e melhor presente. E nenhum outro sorriso no mundo é melhor que os que ficaram pra tras. Aprendi em pouco tempo que o cliché é muito mais sério quando se esta sozinho. Descobri que queria estar ai pra dar um abraço de Feliz Ano Novo pra todo mundo.

Agora ou amanhã

Por que aqui onde eu moro é um tanto sei lá, misturado com um pouco de num sei, com um leve toque de deixa pra lá? Se tudo mundo já parou pra pensar, eu passo a minha vez e vou falar sobre o céu. Mas o céu está tão longe, se é que realmente existe né?! Porque olhar pra cima e dizer que é o céu e olhar pra baixo e dizer que é o chão é muito fácil. É muito bom tomar gosto por perguntar tudo que você não entende, o ruim é quando você não quer entender... O que mais me revolta agora é não dominar nenhum assunto plenamente para poder ser uma fonte de informação ou sequer um cara interessante.
Mas pelo menos hoje, porque amanhã não serei eu, vou abrir bem meus olhos de forma assustadora e dizer: estou farto! Mas de onde vem essa rebeldia sem causa de hoje? Talvez por meus amigos, talvez pela questão do céu mesmo, ou ainda (provavelmente) por tudo estar tão certo e sem abertura para escrever um documento de protesto. Na verdade há um motivo, mas nada novo. Eu que sempre fui contra a exatidão, a matemática, estou freqüentemente caindo em definições. O que está acontecendo?? Chamem o garçom!
Em suma, não pare pra pensar no que você sentia, nem no dia seguinte, nem no nunca. De que vale aprender com os erros se inventaram a sorte? Os lápis não correm em riscos em vão. Pra que destino? Cada noite a gente vai achar a pessoa certa. Pra que frases grandes? Se todas as atenções fossem voltadas para as pequenas alegrias. Não é porque o leite acabou que ficaremos sem o bolo de microondas! É só a gente não gastar tudo agora. Aha! Viu! Já estava pensando no futuro. Ninguém pára pra pensar no agora porque o agora já passou. E o que virá agora? Desisto.