segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ausência.

Fui uma pessoa que não se importava.
Minto, me importava com os outros. Eu não era apenas secundária, mal estava por trás das câmeras, eu vinha por último.
Alegrias alheias me alegravam, ajudar qualquer pessoa me fazia sentir bem, então pra que perder meu tempo cuidando de coisas minhas? Eu era uma só!
Acabei deixando de ser uma só.
Amei tanto, tanto, que esqueci de amar a mim mesma.
Por me importar tanto com os outros, tão pouco comigo, fui me tornando uma colcha de retalhos, onde cada pedaço era um alguém importante, e eu fui sumindo, sumindo...
Não que eu fosse infeliz daquele jeito. Pelo contrário, não podia querer mais nada.
Deixei de pensar em mim, mas com isso também me ausentei do mundo, dos meus retalhos, meus amores. Fui me mandando embora, eu era tão desinteressante!
Até que as coisas deixaram de ser tão coloridas, e os pedaços foram se afastando de mim, afastando cada vez mais...
Não estava sozinha. Não, não me deixaram sozinha, muito pelo contrário! Seria até ingratidão... Mas eu me sentia assim, já que ninguém pode estar sempre ao meu lado a não ser eu mesma. E eu não estava comigo.
Estava longe.
Eu era a linha que prendia todos os retalhos, e afrouxei mais que nunca, despedaçei. Não tinha mais com o que me aquecer, o que abraçar, quando sonhava que o tempo voltava e o mundo era meu novamente.
Nunca imaginei que fosse precisar tanto de mim como das outras pessoas. No fim das contas, estar ao meu lado talvez pudesse me fazer bem pra variar. Só espero não me estranhar, me dar bem comigo mesma, serei simpática.

3 comentários:

Gustavo disse...

eh bom se encontrar as vezes neeh..pelo menos vc naum fika sozinho! MTO bem lembradoo xDD

Fábio disse...

Sessao desabafo oficialmente aberta né ;)

Fábio disse...

Nao fica sozinha nao minha linda :(