domingo, 5 de outubro de 2008

Indigente, descendente, tudo gente.

Indigente

Chuva, ou choro, de gotas, ou lágrimas, opacas, tristes. Deixam-me nenhuma flor. Menti, a única coisa que molha minha sepultura é o suor viscoso e mal cheiroso do coveiro, nenhum'alma sequer presta-me homenagens, nem mesmo os céus. A terra seca me cobre, um sol escaldante de meio-dia queima, arde, mas sinto um frio insuportável, o frio de ser eternamente só, e isso é só.

Descendente

Sol, calor, praia e paixão. Curto o meu luto no Havaí.

Gente

Gente quente e valente, brilho nitente e inconseqüente, indolente, mas iridescente, crente e descrente, sabida da mente e mente. Pra parente, ente, ainda mente, piamente, sempre descaradamente, lindamente. Do mundo, semente, inclemente, somente carente, um incandescente acidente de natureza indecente. É complacente, condescendente e benevolente, porém de forma irreverente, maleficamente, etnocentricamente e egocentricamente é, simplesmente, gente.


Vitor Aruth e Fábio.

2 comentários:

Lichas disse...

Arrisco-me a dizer que foi o melhor da parceria.
Vocês são meus ídolos.

Fábio disse...

Hahaha
"parceria" tá virando um negócio o nosso negócio.