terça-feira, 7 de outubro de 2008

O passado é meu presente


"O passado é minha cicatriz

marca, estigma,
sombra delineada

pelo sol que se põe.

História

vivida, inventada
contada, falseada.

Fragmentos

de sonhos
derramados

numa ampulheta.

O passado

é meu presente
nele nada posso alterar

vírgula, ponto, exclamação.

Teimo em ser

presente.

Argonauta

em um oceano de memórias,
me atiro no mar

do imponderável.

Desejo

um encontro marcado

com o futuro

presente

imarginado,
imaginado

travesso,
buliçoso...

Tenho um encontro certo

Mesmo sabendo

que tudo o que é certo
é a inércia da morte.

Navego poeta,

navego,
pois viver não é preciso"

João Bosco Sousa

6 comentários:

Vitor Aruth disse...

O autor desse poema, João Bosco, gostou dos nossos textos e, o mais importante, da idéia que o blog tenta passar. =]
Ele resolveu então conrtibuir e me mandou esse texto. ;]

Fábio disse...

Aaaaaaaaaahhhhh
era isso que você tava tentando falar pra mim na aula :)
Caraco mano :)
Vamos dar as mais calorosas boas vindas ao ilustríssimo primeiríssimo contribuinte, e já de cara com um lindo texto!
Wuhul!!! Todos seguindo o exemplo agora :)

Fábio disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Lichas disse...

Namorado, você não pode ficar dizendo a senha por aí!!!!!

Fábio disse...

mas é de autor, o máximo que dá pra fazer é postar.

Lichas disse...

ah é?
Tem certeza?
Desculpa, não sabia.


Quanto a poema, adorei, muito! E fiquei muito feliz também :)